As novas regras trabalhistas representaram uma diminuição de mais de 1,3 milhão de processos na Justiça do país. Nos 17 meses antes e depois das mudanças, a média de redução no número de casos protocolados foi de aproximadamente 34%. De acordo com dados do Tribunal Superior do Trabalho (TST), solicitados com exclusividade pelo Correio do Povo, entre junho de 2016 e outubro de 2017, foram registrados mais de 3,8 milhões, enquanto que, de novembro de 2017 a março de 2019, foram cerca de 2,5 milhões. No Rio Grande do Sul, a queda foi de 32,2%, acompanhando a média nacional.
O RS acompanhou a média de queda nacional do número de processos antes e depois da reforma trabalhista. Ficando levemente abaixo, a média foi de 32,2% de diminuição na comparação dos dois períodos de 17 meses antes e depois de as mudanças entrarem em vigor. O Estado, que havia registrado em torno de 263 mil casos entre junho de 2016 e outubro de 2017, passou para cerca de 178 mil entre novembro de 2017 e março de 2019, segundo o Tribunal Superior do Trabalho (TST).
São Paulo, que era e continua sendo o estado com maior número de casos, também teve queda um pouco abaixo da média nacional. Antes das mudanças trabalhistas, foram contabilizados mais de 1,1 milhão de processos. Nos meses seguintes, foram quase 772 mil, ou seja queda de 31,4%.
A menor redução entre os estados foi registrada no Acre. Foram menos de 9 mil processos antes da reforma trabalhista e em torno de 6,7 mil depois dela, chegando a uma média de queda de 24,7%. Em seguida, vem o Distrito Federal, que tinha 64 mil casos no primeiro período e foi para pouco mais de 48 mil.
Já o Rio Grande do Norte teve a maior média de queda no número de processos na Justiça do Trabalho após a reforma trabalhista. Na comparação dos dois períodos de 17 meses antes e depois de as mudanças entrarem em vigor, o estado passou de mais de 47 mil casos para quase 26 mil, tendo uma redução de 45%. O Rio de Janeiro, por exemplo, teve diminuição de 35,9%. O estado contabilizou mais de 402 mil processos no período inicial e passou para cerca de 257 mil.