O número de recuperações judiciais requeridas entre janeiro e outubro superou em 41,4% o registrado em igual período do ano passado. Foram 1.015 ocorrências contra 718, segundo dados da Serasa Experian. Trata-se do maior número para o acumulado nos dez primeiros meses do ano desde 2006, período em que já se aplicava a Nova Lei de Falências, que entrou em vigor em junho de 2005.
No acumulado do ano, as micro e pequenas empresas são as que mais enfrentam dificuldades financeiras, com 517 pedidos, seguidas pelas médias (301) e grandes empresas (197). Na comparação de pedidos de recuperação judicial entre outubro de 2015 e o mesmo mês de 2014, há uma alta de 17,24%.
Já o número de falências subiu 5,55% nos primeiros dez meses do ano na comparação com igual período de 2014 - 1.483 pedidos contra 1.405. Mais uma vez, as micro e pequenas empresas (765) foram as que mais recorreram à Justiça, seguidas por grandes (369) e médias empresas (349). Na comparação de falências entre outubro de 2015 e o mesmo mês de 2014, houve aumento de 10,56%. Fonte: Veja
Crise faz R$ 11,5 bilhões desaparecerem do caixa dos pequenos empreendedores
Só em São Paulo, a receita das micro e pequenas empresas encolheu R$ 11,5 bilhões, foi de R$ 48,1 bilhões, em doze meses - entre setembro do ano passado e o mesmo mês deste ano. A conclusão faz parte de levantamento feito pelo Sebrae-SP que foi divulgado nesta semana. Com isso, a queda no faturamento real - já descontada a inflação - chegou a 19,2%. Trata-se do maior porcentual de queda para um mês de setembro em relação a igual período do ano anterior desde o início da pesquisa mensal, organizada faz 17 anos.
A queda, de acordo com o Sebrae-SP, foi generalizada. Na indústria, por exemplo, o recuo foi de 8,5%; mas o setor de comércio, com redução de 18,5%, e de serviços, baixa de 23,6%, sentiram bem mais os impactos da crise econômica pela qual passa o País. Essa retração está ligada à queda de demanda, à piora das condições de trabalho, o que levou às famílias a consumirem menos.
A pesquisa é realizada mensalmente, com o apoio da Fundação Seade, e entrevista 1,7 mil donos de micro e pequenas empresas e mil microempreendedores individuais, chamados de MEIs. No caso desse último grupo de empreendedores, a apuração mostra que o faturamento real apresentou queda de 21,5%, também levando-se em conta setembro deste ano em relação a 2014 - a receita total foi de R$ 2,3 bilhões, ou R$ 639,5 milhões a menos em relação ao ano anterior. Fonte: Estadão