Independentemente de eventuais inclinações ideológicas de cada um, é no mínimo temerável fugir, no atual quadro brasileiro, da constatação de que a política meconômica em curso carece de profundos ajustes. Afinal, não há como minimizar a importância de atacar problemas como o descontrole da inflação, o déficit da balança comercial, a acelerada desindustrialização e a persistência do excessivo gasto público, este muitas vezes relacionado com a desenfreada prática de atos de corrupção.
Os problemas a resolver estão aí mesmo. O desafio que se coloca é como combatê-los. Fazer agora ou deixar para depois das eleições?
A se basear nos analistas mais confiáveis, qualquer que for a opção, o remédio será amargo. Haverá ainda menor crescimento da economia, a oferta de emprego cairá e também os salários, ao mesmo tempo em que forçosamente terá que ser praticado um efetivo realismo nas tarifas de energia e preços dos combustíveis, entre outros serviços.
Postergar a decisão significará, apenas, tornar mais amargas as consequências das medidas para sociedade.
Aí, é claro, a conta virá – mas muito mais cara! Em tal contexto, fica o alerta: tal conjuntura exigirá um atento planejamento de nossas empresas!